Aula 5 - Paulo Morgensztern

 

Vasconcelos, Merhi, Junior e Martins (2009) apontam que as teorias sobre liderança evoluíram ao longo do século XX. Os primeiros estudos, realizados na década de 40 apontavam que o líder seria aquele que possuísse determinadas características, chamadas de traços, de liderança. Nos anos 50, a escola comportamentalista foca na análise do estilo de liderança e seus impactos, sendo considerado um bom líder aquele que traz benefícios ao grupo e a cada pessoa que lidera. Dos anos 60 aos 80 a teoria situacional, que afirma que liderança pode ser aprendida. Por fim, a partir dos anos 80, os novos estudos passam a atribuir ao líder o papel de “administrador de sentidos”, que deve exercer influência positiva em seus liderados e na organização onde se encontra inserido.

            Sobre cultura organizacional, esta é conceituado por E. Schein, da seguinte maneira:

“A cultura de um grupo pode agora ser definida como padrão de suposições básicas compartilhadas, que foi aprendido por um grupo à medida que solucionava seus problemas de adaptação externa e de integração interna. Este padrão tem funcionado bem o suficiente para ser considerado válido e, por conseguinte, para ser ensinado aos novos membros como o modo correto de perceber, pensar e sentir-se em relação a esses problemas.”  (SCHEIN, 2009, p. 16).

Percebe-se que o líder tem um papel importante em relação a cultura organizacional, devendo buscar fortalece-la, criando um ambiente propicio ao trabalho, reforçando em seus liderados os valores considerados ideais pela empresa.

 Levando em consideração o texto acima, gostaria de conhecer a opinião dos colegas de curso sobre o seguinte questionamento:

Quais particularidades devem ser levadas em consideração na atuação de uma liderança na administração pública, levando em consideração a cultura que em se encontra inserido, e que deseja modifica-la para melhor. 

Comentários

  1. Paulo, interessante questionamento. Contextualizando para minha realidade atual, creio que o principal desafio que a liderança deveria encarar, seja o de captar e compreender os desafios e necessidades individuais de cada colaborador e tentar casar isso com a cultura organizacional, ou promover ajustes nessa cultura. Percebo que o que é priorizado, o tempo todo, são as atividades e entregas, em detrimento completo das necessidades pessoais de cada um. Isso gera, com o tempo, um desgaste profundo na equipe e ocasiona uma rotatividade grande de pessoas na equipe, muitas vezes ficando os que conseguem as melhores gratificações, para suprir esse lado de insatisfações pessoais. Assim, creio que a cultura organizacional e a liderança devam começar a lançar um olhar mais atento às pessoas em si, o que poderá gerar uma satisfação maior e, consequentemente, uma consecução dos objetivos organizacionais com muito mais harmonia entre os agentes.

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  2. Paulo,

    Se queremos mudar algo, temos que criar uma cultura organizacional propicia para isso, que permitisse a troca de experiencias e conhecimentos, ou seja uma cultura de aprendizagem. Com a leitura dos artigos, entendi que o líder mais adequado para essa cultura e o chamado líder transformacional, que é aquele que tem carisma, inspiram seus seguidores, da atenção individualizada e estimula o intelecto de todos. Assim conseguiríamos aumentar o desempenho organizacional e melhorar a visão externa do serviço público. Contudo, acredito que o que mais temos hoje no serviço público é o líder "laissez faire"

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  3. Olá Paulo,

    Acho que ele deve levar em consideração as especificidades de cada um, prestar atenção às características de cada subordinado e aproveitar as habilidades em cada assunto. E ajudar nas diferenças, se há alguém com dificuldades em se adequar a mudanças, outro com dificuldades em trabalho em equipe. O bom líder deve tentar tornar o trabalho mais agradável, tentar ser flexível, aberto a opiniões e reclamações, influenciar de maneira positiva para que o funcionário se sinta parte da equipe, para buscar os resultados satisfatórios no atendimento ao público. Este líder deve especialmente tentar mostrar aos servidores o que a administração espera deles, o beneficio que eles prestam à população com seu serviço. Ao trazer benefícios para a empresa, tentar fazer pequenas alterações na cultura, se for necessário. Observando o dia a dia da empresa como se fosse uma pessoa de fora, vendo a interação entre as pessoas, a linguagem usada, os temas das conversas, é possível avaliar a cultura e descobrir as razões e explicações para o porquê de certas coisas serem feitas como o são. E às vezes é possível fazer alguma mudança quanto a isso.

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  4. Paulo, acredito que a maior particularidade que deve ser levada em conta na liderança na administração pública é considerar as especificidades do servidor público. Os desejos, as aspirações, as vontades e as motivações do servidor que podem ser em muitos casos, diferentes das aspirações de quem está na iniciativa privada. Ao ter esse olhar para as pessoas, o líder consegue traçar estratégias que possam trazer a inovação e colaborar com a mudança da cultura, mas dentro de valores e princípios que fazem sentido para as pessoas. A mudança é promovida pelo líder pela sua influência, mas acontece pelo envolvimento das pessoas.

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  5. Olá Paulo

    vejo que apesar de haver diferenças motivacionais entre as esferas públicas e privadas, o líder precisa construir no grupo o desenvolvimento de ações voltadas para resultados. É necessário que a liderança apresente aos membros a sua importância, que esteja pronto a ouvir os seus subordinados, mas que tenha sempre no radar a missão institucional. A cultura organizacional poderá ser um verdadeiro limitador de convencimento nas pessoas, entretanto caberá a ele envolver as pessoas dentro do melhor possível.

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